“Vermelho, Branco e Sangue Azul” – Casey McQuiston
“Vermelho, Branco e Sangue Azul”, de Casey McQuiston, é um daqueles livros que te envolvem desde a primeira página. A escrita é tão fluida que você se sente parte do mundo que a autora criou, como se estivesse vivendo cada cena junto com os personagens. Além disso, a ambientação é vibrante, com uma mistura de política e romance que te prende, tornando a leitura ainda mais dinâmica.
Os momentos românticos são simplesmente de tirar o fôlego. Meu coração chegou a palpitar em vários momentos do livro. O primeiro beijo entre os personagens principais, Alex e Henry, me fez querer gritar, mas tive que me segurar para não acordar a casa toda. É um daqueles momentos tão intensos e bem descritos que você sente eletricidade passeando pelo seu corpo. E a química entre eles? Ela é absolutamente eletrizante, e você consegue sentir o amor e a tensão no ar, como se estivesse ali, vendo a cena acontecer.
O humor que McQuiston colocou no livro é simplesmente espetacular. As situações cômicas são tão bem executadas e espontâneas que eu me peguei rindo muitas vezes. A mistura de romance e momentos hilários cria um equilíbrio perfeito, fazendo a leitura ser ainda mais agradável e leve. As tiradas sarcásticas de Alex e os momentos desajeitados de Henry são ouro puro, trazendo à tona uma diversão contagiante que complementa toda a trama.
O enredo político é outro ponto forte. McQuiston consegue tecer um pano de fundo político interessante sem deixar a história pesada ou maçante. A campanha presidencial, os escândalos e as manobras políticas são tão bem desenvolvidas que você fica ansiosa para ver como tudo vai se desenrolar. E o melhor é que a autora faz isso de forma tão habilidosa que, apesar de toda a complexidade política, ela nunca perde o foco no romance central, que continua a ser o coração pulsante da trama.
“Vermelho, Branco e Sangue Azul” rapidamente se tornou um dos meus livros favoritos. A escrita, a ambientação vibrante, os momentos românticos de fazer o coração bater mais forte e o humor inteligente fazem desta leitura algo inesquecível. É o tipo de livro que você não quer largar até chegar à última página.
Além de todos esses elementos, o livro também ganha pontos importantes pela representatividade. Casey McQuiston entrega uma história LGBTQIA+ interessante, sem cair em estereótipos ou caricaturas. Pelo contrário: ela apresenta personagens reais, com profundidade emocional, dilemas autênticos e jornadas de autoconhecimento que tocam o leitor de forma genuína. A descoberta de Alex sobre sua bissexualidade, por exemplo, é tratada com muita sensibilidade, mostrando suas dúvidas, reflexões e a coragem de se assumir em um ambiente público e político tão intenso.
Outro aspecto que merece destaque é o cuidado com os personagens secundários. A autora não economiza no desenvolvimento dos coadjuvantes, que também têm voz, personalidade e função narrativa. A mãe de Alex, presidente dos Estados Unidos, é uma figura carismática e forte; Nora, a ex-namorada e amiga, é inteligente e espirituosa; e Zahra, assessora da presidência, rouba a cena com sua postura firme e comentários afiados. Cada um desses personagens ajuda a construir um universo fascinante e verossímil.
A ambientação entre os bastidores da política americana e a realeza britânica cria um contraste interessante. O ambiente tradicional e rígido que cerca Henry se opõe à energia rebelde e impulsiva de Alex, e é nesse choque de mundos que nasce uma história de amor poderosa. Eles se desafiam, se apoiam e aprendem um com o outro, tornando a relação ainda mais emocionante de acompanhar.
A narrativa de McQuiston também acerta em manter o tom otimista, mesmo diante dos conflitos políticos e emocionais. É um livro que fala sobre amor, liberdade, escolhas e coragem — com doçura e ousadia. Um verdadeiro respiro para tempos difíceis, e um lembrete do quanto histórias de amor podem ser também histórias de resistência.
“Vermelho, Branco e Sangue Azul” é um livro que mistura romance, política, representatividade, bom humor e emoção na medida certa.
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