“Shangri-La”, de Julio Murillo

“Shangri-La”, de Julio Murillo

“Shangri-La”
Foto – Reprodução

“Shangri-La”, de Julio Murillo, é um thriller intrigante e questionador que te leva direto para os aposentos secretos de Hitler no Führerbunker, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial. A história segue Heinz Rainer, um personagem intrigante que vive escondido por seis anos, guardando segredos obscuros. A trama mistura mistério e romance de um jeito que te prende do começo ao fim.

Murillo escreve de forma fluida, com descrições vívidas dos cenários deslumbrantes do mítico “Shangri-La”. A ambientação é um dos pontos altos do livro, com detalhes ricos que criam uma atmosfera imersiva, perfeita para o enredo misterioso.

Um ponto curioso do livro é o relacionamento entre uma das personagens e o cara que a manteve presa. Ela acaba se apaixonando por ele, e ele por ela – uma dinâmica meio complicada e moralmente questionável, se pensarmos nos dias de hoje. Mas, como é ficção, não vou julgar os personagens, ainda mais sabendo o que realmente aconteceu. Mesmo assim, acabei me afeiçoando aos dois e torcendo por eles. A química entre eles é forte e bem desenvolvida, o que faz com que você se envolva emocionalmente com o destino deles.

O livro é excelente em muitos aspectos, mas o plot twist do final me deixou de queixo caído – e muito irritada. Sem dar spoilers, posso dizer que o desfecho é inesperado e impactante, mas também frustrante. Murillo vira as expectativas do leitor de cabeça para baixo de um jeito eficaz, mas que pode deixar um gosto amargo para quem esperava algo diferente.

No geral, “Shangri-La” é uma leitura fascinante, com uma escrita habilidosa e uma ambientação encantadora, cheia de surpresas. Apesar da controvérsia em torno do relacionamento central e da frustração com o plot twist final, o livro se destaca como uma obra envolvente que te prende e evoca várias emoções. Julio Murillo cria um mundo rico e personagens complexos, fazendo com que essa história fique com você por muito tempo depois de virar a última página.

 

Nota: 🌕🌕🌕🌖🌑

 

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