“O Menino do Pijama Listrado”, de John Boyne
“O Menino do Pijama Listrado” é um daqueles livros que te pega de jeito. Escrito por John Boyne, a história se passa durante a Segunda Guerra Mundial e traz uma visão única e inocente sobre o Holocausto, através dos olhos de Bruno, um garotinho de oito anos.
Boyne escreve de forma simples, mas super eficaz. A linguagem é direta e acessível, o que só torna a história ainda mais tocante e devastadora. Escolher uma criança como narrador foi um golpe de mestre, pois a ingenuidade de Bruno amplifica a tragédia dos eventos. A ambientação é tão bem feita que você quase sente o peso do campo de concentração, tudo isso sem perder a sensibilidade necessária para um tema tão pesado.
Diferente de outros livros que já li, como “A Casa Assombrada”, que tem uma pegada mais de terror e suspense, “O Menino do Pijama Listrado” vai por um caminho totalmente diferente, focando no drama histórico. Enquanto “A Casa Assombrada” usa o medo e o sobrenatural pra te prender, “O Menino do Pijama Listrado” aposta na inocência infantil e na brutalidade da realidade histórica para mexer com suas emoções. Essa diferença mostra o quanto Boyne é versátil, conseguindo explorar vários estilos e ainda assim te tocar profundamente.
“O Menino do Pijama Listrado” me fez chorar horrores. A história é tão intensa e ao mesmo tempo tão curta que você não consegue largar. Li tudo em um dia só, totalmente envolvida pela trama e pelos sentimentos que o livro provoca.
“O Menino do Pijama Listrado” é um livro curto, mas profundamente comovente, que permanece com o leitor muito tempo após a última página ser virada. A escrita simples de Boyne, combinada com uma narrativa poderosa, faz deste um livro indispensável para quem quer entender as nuances da tragédia humana pelos olhos de uma criança. A capacidade de Boyne de passear por diferentes gêneros e ainda assim deixar um impacto marcante em suas obras é uma prova do talento literário dele.
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